Ontem eu cai.
Cai mesmo, de joelho no chão.
Enquanto tomava banho, o meu celular tocou, sai do chuveiro toda molhada e caiu um pouco de água no chão.
Terminei o banho e não sequei o piso. Pensei “ah, isso vai secar sozinho”.
Não secou.
Minutos depois estava eu, sentada no chão depois de um tombo que fazia tempo que eu não tinha um igual.
Joelho batido no piso, dedo amassado na parede, ombro raspado no batente… e a autoestima junto comigo, no chão.
Caos. Doeu. Chorei.
Pelo susto, pela dor, pela vergonha de estar naquele estado: espatifada no chão sem saber o que fazer.
Nesses poucos segundos entre a queda e o Mário vir ver o que tinha acontecido, uma chuva de pensamentos inundaram minha mente:
“Será que eu vou conseguir levantar com esse joelho? Já ouvi muitos amigos que tiveram que fazer cirurgias depois de batidas ou quedas bestas assim.”
“Como eu cheguei nesse estado? Por que eu tô chorando?”
“Que vergonha!”
“Pera. Para de ser besta! Todo mundo cai.”
“Se eu tivesse secado o chão do banheiro isso não teria acontecido.”
“Mas não secou. Para de se culpar! É passado. A queda já aconteceu.”
“Foca no agora e em como você pode resolver essa situação, Fernanda”
“Ah! O Mário tá chegando. Que vergonha.”
“Seu namorado tá te vendo assim, caída na porta do banheiro, chorando e com o joelho amassado.”
“Chega! Para com isso! Que bom que ele tá vindo aqui te ajudar.”
“Tá tudo bem cair. Agora foca em levantar”
“To mais calma agora.”
“Bora levantar.”
Todo mundo cai um dia. Todo mundo se assusta, chora e sente vergonha.
E dessas situações o que fica? Alguns roxos, muitos aprendizados e as pessoas.
Não se abale tanto com as quedas, faça o seu melhor para levantar e, principalmente, saiba quem são as pessoas que vão te ajudar a levantar.